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Gritos mudos no silêncio das palavras!

Aqui toda a palavra grita em silêncio, sozinha na imensidão de todas as outras deixa-se ir... Adjetiva-me então

Sonhos da Eternidade

Novembro 17, 2022

Carlos Palmito

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Evitar, uma palavra com tanto ou tão pouco significado, evitar o quê? Porquê? Por quem?

Quem julgas que és para instruíres tão volátil vocábulo no meu dicionário?

Que mal te fez o oceano?

O poema começa em evitar e termina na berma da estrada, gelado, sozinho, sem uma mão estendida ou um coração cheio, sem amor, nem ódio, nem seja qual for o sentimento, começa em evitar e termina na noite.

Que mal te fizeram as estrelas?

Se me dizem vamos, eu vou, não evito, e acreditem, percorro o alcatrão, a trilha, o areal, o musgo na floresta abandonada apenas para ver raiar o sol, e o que importa não é o sol, nem o raiar, é o percurso, és tu, sou eu, somos nós, vamos, dá-me a mão, não entendo o nosso relacionamento, apenas sei que não o devemos evitar.

Que mal te fizeram os lobos?

Existe uma biblioteca cheia de livros, doutrinas antigas e recalcamentos modernos, filosofias extintas e psicologias por germinar, existe um mundo plano e um outro redondo, somos seres dos mares, um molusco, um golfinho, uma sereia, somos sentimentos que jamais se deveriam evitar.

Que mal te fez o sol?

Hoje seremos um Indiano a dançar nos templos de Kali, de Shiva, de Vixnu, seremos o batimento cardíaco da própria selva, hoje seremos o mundo um do outro sem o evitar.

No agora, no momento, seremos os sonhos da eternidade.

Que mal te fez a noite? 

 

P.S. Imagem encontrada na net

Evereste

Janeiro 24, 2022

Carlos Palmito

shutterstock_161600708.jpg

Finalmente superei o ultimo desafio, pernoitei ao relento em vários locais antes de aqui chegar, vi lagos gelados, e florestas cintilantes que me ofuscavam a visão.
Agora tudo é branco e tudo é frio, alcancei enfim a pureza do meu ser na candura imaculada da neve.
Por detrás dos óculos vejo o sol morrer ao longe, desta vez mais abaixo que em todas as outras.
As nuvens estão lá, bem em baixo, e eu deleito-me com cada instante, com cada momento, hoje vejo-as incendiar de cima, conquistarem aquele tom alaranjado da morte anunciada do dia, contrastando com a brancura a meu redor.
Estou no topo do mundo, acima da casa dos Deuses… hoje sou eu o próprio divino.
Volto para a tenda, antes de entrar vislumbro pelo canto do olho os últimos raios solares expirarem.
Esta noite vou dormir com divindades, e está tudo bem.
Aqui é o Evereste, a derradeira moradia terrena acima da capital celestial…


Texto para um desafio que se encontra aqui: Os Desafios da Abelha |52 semanas de 2022 | tema 4: lugares que queres visitar
 no blog "busy as a bee on a rainy day

Foto encontrada na net aqui.

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