Entre o Carvalho e o Arco-Íris
Novembro 28, 2023
Carlos Palmito
Na penumbra do desconhecido, onde sombras dançam como versos, inicio este poema.
A ponta cega da pena enche de tinta o carvalho sedento por histórias.
Na obscuridade da árvore do infinito sinto a tua derme incandescente contra a minha alma gélida; e os teus olhos cintilam, amor!
No topo, as cores do arco-íris chilreiam das gargantas humedecidas por sangue dos pintassilgos.
A dualidade entre nós é separada apenas por um frágil vidro, que se estilhaça a cada impulso selvático dos nossos corpos na lascívia de si mesmos.
O teu perfume é áspero, lembrando lixa, libertando aromas de amoras…
Porque demoras?
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