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Gritos mudos no silêncio das palavras!

Aqui toda a palavra grita em silêncio, sozinha na imensidão de todas as outras deixa-se ir... Adjetiva-me então

CRIATURAS NOTÍVAGA(S) Nº 27 — 14/12/2022

Dezembro 14, 2022

Carlos Palmito

conflitos.jpeg 

Estamos a meio da semana, quase no Natal e na morte de mais um ano.

Ontem choveu, já antes de ontem também choveu. Na escuridão solitária do quarto ouvi o vento e a chuva, as lágrimas de anjos a derrocarem sobre uma cidade adormecida, os lamentos dos deuses transportados pelo vento.

Poderia falar bastante sobre essa noite, sobre as estrelas ocultas e a ausência da lua, sobre o afogamento premeditado de cidades, vilas e aldeias, por uma entidade para a qual somos simplesmente números, contudo, opto por fugir para a cidade da noite eterna.

Portanto, sem mais demoras nem falatórios, aqui vos apresento o capítulo 27, o qual apelidei de “Conflitos”, e cujo link está já ali em baixo.

CRIATURAS NOTÍVAGA(S) Nº 27 — Conflitos

E, como tem sido norma, o capítulo vem acompanhado de um podcast, que podem escutar no link que se segue.

Podcast Criaturas Notívagas – nº 27

A saga continua...

O submundo da cidade que não dorme, esconde olhos que vigiam. Enquanto a raposa, a velha, Jéssica, Marcos e tantos outros personagens circulam pelas cavernas, Felício observa todos através de seus monitores. As ações de todos podem ser premeditadas com as astúcias de Felício. Ele, com decisões ímpares, ordena que seus asseclas invistam contra os invasores de seu reino, evitando que alcancem seu destino. Afinal, a garota será liberta? O gigante será derrotado? O que mais a aprendiz de anjo tem que assimilar em sua evolução?

Apesar das perguntas parecerem sem respostas, o que não se nega é que Carlos Palmito captura nossa atenção de tal forma que nos sentimos presos em sua teia de tramas.

Que venham muitos contos como esse. E você? Vai conseguir se desvencilhar desse labirinto fascinante?

Leiam e comentem. Se não tiver tempo de ler, escute no Spotify.

 

Um parágrafo escolhido do texto:

Um artista nos labirínticos espelhos de realidades em colisão pintaria o quadro a sangue, o reencontro das irmãs de úteros diferentes, pontas opostas de um tubo, que se amavam mais que as próprias raízes da árvore-da-vida amam Gaia.

 

Até breve, um abraço para todos.

 

P.S. A capa deste capítulo é: “Peter Paul Rubens (1577-1640), The Fall of the Damned, ca 1620, oil on canvas, detail.”

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