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Gritos mudos no silêncio das palavras!

Aqui toda a palavra grita em silêncio, sozinha na imensidão de todas as outras deixa-se ir... Adjetiva-me então

CRIATURAS NOTÍVAGA(S) Nº 26 — 29/11/2022

Novembro 30, 2022

Carlos Palmito

whenTheMoonCryesBlood.jpg 

Bom dia!

Estou com fome, apetece-me um bom bife de atum, fresco, acompanhado por vinho tinto e musica medieval, junto às docas de uma qualquer cidade portuária.

Mas vivo no meio do Alentejo, assim sendo, vou ter que alterar a dieta e ir comer outra coisa qualquer.

Está um calor infernal, transpiro cubos de gelo por tudo quanto são poros na minha derme, mesmo com o gato ao colo, e uns fones do tamanho de pneus a gemerem acordes melodiosos, não consigo evitar esta vaga calorífica.

Hoje, é quarta-feira, e com as quartas chegam as criaturas, e desta vez trago-vos um capítulo intitulado “when the moon cryes blood” o conto número 26, espero que gostem, e que comentem, aguardo sempre comentário, são importantes, não aquelas palmadas nas costas e “está perfeito”, mas aqueles de… porque fizeste assim e não assado? Qual a finalidade daquele parágrafo? Bem, adiante, o link abaixo leva-vos diretos para a cidade da noite eterna.

CRIATURAS NOTÍVAGA(S) Nº 26 — When the moon cryes blood

E sei, existe quem não goste de ler, ou por alguma razão prefira o áudio, e esse, tal como de todas as outras vezes, também existe, está ali, naquele outro link, mas não se esqueçam, a leitura é indiscutivelmente muito mais envolvente.

Podcast Criaturas Notívagas – nº 26

O conto de Carlos Palmito continua...
Quando a lua chora sangue? Por quem chora? E eis que o pai de Mariana, acompanhado pela loba sem alcateia, entram no antro do rei das rosas negras, que perigos espreitam, que janelas existem? Por quem choram as luas?
Leiam e comentem. Se não tiver tempo de ler, escute no Spotify.

E uma passagem escolhida por mim: 

— Sabes, Mateus? — perguntou, quando deu os três primeiros toques. — Sabes o que mais abomino nesta falsa cidade, nesta passerelle de aparências forçadas? — após uma pausa contabilizada mentalmente, bateu dez vezes, um trovão acompanhou cada um desses bateres. — É o cheiro. Tudo cheira a merda, e nós dizemos serem rosas, tentamos enganar a nossa perceção, mas aqui, na cidade da lua de sangue, tudo está a morrer, inclusive nós.

A fome está realmente incrível, vou almoçar.

Beijos, abraços, apertos de mão, colisões de corpos, e desejos que o calor volte… ai como amo o verão.

P.S. Imagem encontrada na net.

P.S. comentem, por favor, critiquem :)

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