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Gritos mudos no silêncio das palavras!

Aqui toda a palavra grita em silêncio, sozinha na imensidão de todas as outras deixa-se ir... Adjetiva-me então

A ti, Janeiro!

Fevereiro 28, 2023

Carlos Palmito

m000465116.jpg 

Hora de agradecer ao mês que foi janeiro,

recheado de poesia, fantasia, alegria,

nem sei bem onde começar primeiro.

Acredito o ideal ser no quinto dia.

 

Foi o meu aniversário, e foram quarenta e quatro

o número de velas existentes no bolo imaginário.

Agradeço por cada vez que me sento neste anfiteatro

a observar todos os anos que se passaram desde o berçário.

 

Agradeço a Kafka, Voltaire, Shakespeare, Maquiavel,

à lua, ao sol, à morte e vida, e a ti, querida amiga.

Foi pela tua mão que me chegaram as obras de uma era antiga.

É então justo o agradecimento que te faço, em tinta sobre papel.

Soubesse como, e pintaria os teus traços a pastel num painel,

ou comporia obras a serem dançadas, ao som desta cantiga.

 

A importância vem nas palavras e nos gestos,

nos sorrisos e nos abraços, nos caminhos trilhados,

nos jantares abastados, nos versos proclamados,

nos nossos rires honestos declamados em manifestos.

Sempre gostei de peixes e sereias.

 

Que mais agradecer nesse mês hospitaleiro?

Agradeço ao cozido e ao pastel de belém,

A Monsanto, ao carro grafitado, e vou mais além,

Agradeço a ti portuguesa, a ti, brasileiro.

 

À tarde na capital, ao rir infindo,

ao sentimento fluindo, e saindo

a mim, a ti, a nós, a vós…

e ao afeto que nos une… feroz.

 

Poema criado no âmbito do desafio 12 Meses de 2023 | de Gratidão  lançado pela nossa querida rainyday

Oh de mim

Janeiro 17, 2023

Carlos Palmito

 

Terrestre, extraterrestre, pedestre,
fui mestre por um simples semestre.
Transpus as leis metafísicas, extrapolei as da física,
e rompi a barreira extrafísica!

Sou um corpo e alma devassa, matéria, química e massa,
a frigida poeira estelar num universo onde nada se passa;
sou a imagem perfeita de um reflexo num espelho convexo,
e a agradecer, agradeço ao amplexo desconexo e complexo!

Sou o luar sem matilha, a vítima sem armadilha,
A água numa vasilha quebrada, sou um quarto de milha,
Tenho que parar, recriar, modificar, adaptar, deitar tudo para fora.
A agradecer, agradeço ao grito, é agora ou nunca, chegou a hora.

De caos e derrocadas criei barricadas,
de flores inolentes concebi exércitos e armadas,
batalhões primaveris desprovidos de feito e defeito,
agradeço ao sonho procriado num leito desfeito e imperfeito!

Ah, fodam-se, sou o pretérito mais que perfeito!

 

texto no âmbito do desafio 12 Meses de 2023

Voltei, hehe

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