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Gritos mudos no silêncio das palavras!

Aqui toda a palavra grita em silêncio, sozinha na imensidão de todas as outras deixa-se ir... Adjetiva-me então

Sou

Abril 05, 2022

Carlos Palmito

rubens-phaeton-1.1920x0.jpg

Sou o fauno, a ninfa, a tágide, 
a comédia, a tragédia, 
a floresta sem aresta e nada mais resta… 

 

Danço ao vento sem alento, 
perco-me em ti, selva(gem) inabitada, 
Sinto-me sendo de Gaia apenas um rebento… 
Se morro, renasço transformada. 

 

Sou a tinta na pele que me compele, 
a Hera das eras que virão, 
A memória ilusória de uma recordação… 

 

Sou a água sem mágoa ou mácula, 
a folha de outono caída, a flor da primavera nascida, 
sou todos e sou nenhum… 

 

Sou o Caos… 
e de mim nasceram Gaia, Tártaro, Érebo, Eros e Nix…  

 

Sou omnipresente, omnisciente, o vazio, o completo… 
A criação e a destruição.  

 

Sou deuseS mortos e Humanos renascidos!  

 

Imagem (Rubens - Panteão)

E quando...

Abril 04, 2022

Carlos Palmito

pexels-pixabay-158229.jpg

E quando as palavras terminarem e o sentimento arrefecer? 
Quando o ânimo acalmar e deixarmos de viver para apenas sobreviver? 
E quando as lágrimas secarem, e as recordações se começarem a dissolver? 
Uma, após a outra, seguida por outra… e se já nem tivermos força para renascer? 

E quando o amor já não for amor, mas sim uma memória? 
E quando o frio se sobrepuser ao calor, e já não consigamos criar mais história? 
Toda a vivência, todas as batalhas, seguindo apenas uma trajetória… 
Será esta a vitória inglória de uma glória ilusória? 

E quando acordares e estiveres sozinho? 
E de bebida tiveres apenas o mais azedo vinho? 
Sei que não és bruxo, tão pouco adivinho, 
Queima o incenso, o azevinho… 

E pensa para ti mesmo, 
E quando… 

 

Foto encontrada na net.

Senhora Cartomante

Abril 01, 2022

Carlos Palmito

pexels-mikhail-nilov-6944923.jpg

Decidi-me a testar a sorte,
baralharam-se as cartas de tarot,
eu e tu… Brigitte Bardot?
Não, não és a Brigitte, és sim a minha consorte.

 

Sorrimos como num jogo fora do jogado,
convergeram-se energias,
iniciaram-se viagens e romarias,
reis, rainhas, a perseguição do cavaleiro, tudo catalogado.

 

Copas, espadas, escolhas,
mundos uns atrás dos outros, onde eu me revia,
falavas, analisavas, eu escutava, ouvia,
foi um prazer, senhora cartomante, vivemos em bolhas.

 

Descobri ali que existem duelos em mim,
batalhas sentimentais vindas dos anais da história,
terei que efetuar escolhas… enfim…
Sei que o mundo não é apenas memória…

 

E assim foi, senhora cartomante,
se me ajudaste? Sim… bastante.
Eu, que das estrelas fui um amante,
terei que fazer do presente uma constante.

Foto de Mikhail Nilov no Pexels

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