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Gritos mudos no silêncio das palavras!

Aqui toda a palavra grita em silêncio, sozinha na imensidão de todas as outras deixa-se ir... Adjetiva-me então

Verbalizando

Dezembro 17, 2021

Carlos Palmito

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Cinzas celestiais sem arco-íris ou iridescências, em baixo alegres florestas brutas, nuas, cruas e puras…
e a ria, não o verbo mas a água fria do encantamento acastanhado dos teus olhos para o sonho da minha prosa.
Aveludadas as peles… cristalinas as almas!
Eu

e tu!

Foto de Eric Smart no Pexels

E agora a minha pergunta a todos vós, aqui no final.
Quantos verbos viram neste texto?
A resposta será nenhum, fizeram-me o desafio de escrever um texto sem verbos, e foi isto que me saiu. 

A Noite!

Dezembro 16, 2021

Carlos Palmito

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A noite tem a cor que eu gosto, tem fantasmas do meu tamanho. Tem medos que adormecem e me deixam dormir também…
Tem silêncio, e melodia nas entrelinhas, sonhos ocultos entre mantas e cobertas, fantasias e pesadelos, tem tudo, tudo o que me cria e tudo o que não consigo obter durante o dia.
Tem paladares cítricos e olhos fechados, ressonares e batalhas entre lençóis, tem o sexo e a abstenção.
Lágrimas solitárias e olhares presos na escuridão, suores de paixão ou simples calafrios de frio, línguas que se entrecruzam e entrechocam, pessoas que degustam a pele umas das outras, e sorvem todas as gotas de suor… como um dia alguém cantou, “dormir é tão social”.
E é nela que desperto, nela que mergulho ou voo, simplesmente nas tonalidades da noite, na sua cintilação própria, ali sou eu, consigo ser eu, consigo ser uno com os meus fantasmas… Nela grito, não em desespero, mas sim em libertação!


Foto de Lucas Pezeta no Pexels

Papoila Carmesim

Dezembro 14, 2021

Carlos Palmito

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Papoila, papoilas, flor, flores, odores e amores. De que cores te tinjo?
Salpicados os prados a carmesim, como se de sardas em teu rosto se tratassem, tímidas ao frio e aos tempos invernosos, escondidas na pigmentação, ocultas no gelo.
Mal o verão germina, despertam na totalidade do seu esplendor, na sua exuberância, o contraste e beleza destas sardas na seda da tua derme, do teu rosto, no quente do teu corpo, que embalo na melodia deste vento, ao sabor dos tempos… e canto.
Cânticos de amor e adoração, trovas à vastidão e infinidade do incomensurável, ao ato de amar e ser amado… ao passado, presente e futuro, sem barreiras nem muros, aqui jaz a minha alma despida do meu corpo, perante ti… papoila carmesim.
Se te amar é um vírus, permite-me adoecer na genuinidade dos teus olhos, as persianas desse mundo que só a ti pertence, acolhe-me em tua alma e floresce.
Aprecia esta minha ária, segue a voz oculta nas palavras, e as palavras encobertas na voz, tu que foste uma fada perdida, sabes o quão perdido eu estou.
Oh papoila, papoilas, flor, flores, miríadas de pólenes no ar e uma vastidão de fragrâncias no nariz.

Foto de Marília Moura no Instagram

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