Acima de todos os aspetos, temos que considerar o estimulo que estas feiras proporcionam para as economias locais e regionais, pois as bem conseguidas, e as que conseguem fazer vingar o seu nome movem multidões.
Depois, observando por outro prisma, existe o contexto artístico, onde diversos grupos, como por exemplo o Viv’Arte, fazem atuações diferentes, algumas em locais fixos, como anfiteatros, escadarias ou coretos, teatralizam eventos específicos, sendo os mais recorrentes o tema da feira desse ano, e pelo caminho existem também os artistas que se imiscuem entre a população, levando até eles características das épocas medievais, sendo os temas mais recorrentes os cavaleiros, as prostitutas, os pedintes e os leprosos. Estes artistas têm como finalidade dar ao observador uma imersão mais profunda aos tempos medievais, fazer os mesmos sentirem-se lá.
Existem também para além destas conjunturas, o contexto gastronómico, e neste vimos infindáveis barracas, tendas com as suas refeições, receitas ancestrais dadas a provar às pessoas do mundo moderno, mostrando-lhes raízes e tradições de um passado remoto, e que vão muito para além do simples porco no espeto, ou até mesmo a sopa da pedra.
Agora, a não esquecer, que sendo uma feira medieval, ela nos ensina passado, rituais, e história de Portugal. Vivências da plebe e da monarquia, conquistas e percas, lendas de terras que por vezes estão apenas escondidas nos livros mais refundidos de uma biblioteca local.
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